terça-feira, 14 de junho de 2011

FOME


Sensação pela qual o cérebro indica que o corpo necessita de alimento para manter suas atividades inerentes à vida” (do latim faminem).Ou seja a fome poderia representar uma característica positiva do ser humano se não fizesse referência aos casos de má-nutrição/desnutrição ou constante privação de comida entre as populações, como o termo é mais utilizado.
O fenômeno social da fome, passado de geração, constrói a identidade do faminto, um ser subclassificado por si mesmo como indigno de se pensar igual ao indivíduo que come, e portanto, indigno de se atribuir direitos, de ser cidadão.
A fome é um fenômeno contínuo, persistente e crônico nas mesmas regiões do país, afetando a mesma população, por isso é definida como um problema endêmico que pode atingir até varias gerações da família.
Veja alguns aspectos determinantes da fome:

Obesidade


Algumas verdades:
  • Apenas 5% dos casos de obesidade são de origem tumoral, endócrina e /ou sindrômica, ou seja, dificilmente é causada por um problema hormonal; 
  • Para a obesidade, não existe classe social, ou seja, ela não é uma doença de "pessoas ricas", como alguns acreditam;
  • A educação alimentar e nutricional é uma aliada no controle da obesidade, o que derruba o mito de que basta que o indivíduo "feche a boca" para perder peso;
  • É possível consumir diferentes grupos de nutrientes de forma saudável, contrariando os defensores de que carboidratos e gorduras são vilões da obesidade;

DESPERDÍCIO

Algumas perguntas como essas são feitas todos os dias: -Quanto você já desperdiçou hoje? e - Quanto você ainda vai desperdiçar hoje?. Com isso a campanha Fome-Obesidade- Desperdício, está mais em evidência em nosso dia a dia. Pois, 1/3 de tudo que as pessoas compram vai para o lixo enquanto milhões de outras pessoas recorrem a este lixo para sobreviver.
Calcula-se que o consumo anual de alimentos no mundo é de 375 milhões de toneladas e a maior parte dele provém de vegetais. Deste total, 10% correspondem a cascas, folhas e talos, quase sempre jogados fora, totalizando 4 milhões de toneladas de desperdício.
 Apesar do Brasil ser um dos principais produtores de alimentos do planeta (produz mais de 140 milhões de toneladas por ano) e o terceiro maior exportador agrícola do mundo, há 43 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza (dados do IPEA) e R$ 12 bilhões sendo desperdiçados em alimentos atualmente.
Um total de 10 milhões de refeições são descartadas em estabelecimentos comerciais. Como são os proprietários dos estabelecimentos que são os responsáveis pela qualidade da alimentação que oferecem, o que inclui a doação. Por responderem civil e criminalmente pelos danos causados por seus produtos, dificilmente o que sobra é doado e quando existe essa vontade por parte do proprietário, a logística de distribuição para a doação é tão complexa que torna difícil a adoção alternativa ao descarte.
Veja algumas dicas para combater o desperdício:

Sal e Sódio

O CFN convoca os nutricionistas a alertarem a população sobre os riscos do consumo irregular de sal e sódio. Retirar o saleiro da mesa é uma alternativa para evitar o consumo inadequado e muitas vezes exagerado de sal.
À mesa, é comum que os comensais, sem provar a comida, usem o saleiro para aplicar doses excessivas de sal nas preparações. O combate a essa prática é mais do que necessário, especialmente porque 14% da população brasileira já sofrem com hipertensão arterial (Censo/ 2010 e PNAD-2006).
No II Seminário de Redução de Sódio no Brasil, realizado em 2010 pela Coordenação- Geral de Alimentação e Nutrição (CGPAN/Ministério da Saúde), foi definido como meta reduzir o consumo de sal para 5 gramas (1 colher de chá/dia) até 2020.
Seguindo essa diretriz, em abril, um termo de compromisso com a indústria de alimentação brasileira (Abia, Abima, Abitrigo e Abip) para reduzir o teor de sódio em alimentos processados.

Livro: Agonia da Fome

Imagine passar oito meses convivendo com a realidade faminta de uma favela, conhecendo de perto os medos dos moradores. Esta experiência resultou na tese de doutorado da nutricionista Maria do Carmo Soares Freitas, defendida na Universidade Federal da Bahia (UFBA)  e transformando no livro "Agonia da Fome".
A comunidade escolhida foi o bairro do Péla, um dos redutos do tráfico em Salvador. O livro propõe uma visão crítica das teorias já existentes sobre o tema já que, para a autora, a visão clínica da fome como doença física e a concepção do fenômeno como parte do processo histórico social são alternativas reducionistas.

A obra é repleta de falas dos moradores, que mostram como as imagens coletivas dão sentido à realidade social, embora cada indivíduo sinta a fome crônica de maneira particular.
A relação da fome com a religiosidade, o tráfico de drogas e a violência é recorrente no livro, o qual apresenta situações como a de uma faminta que fazia sopa de papelão para alimentar os filhos.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Troca troca


Alimentação certa não significa evitar o que se adora comer ou viver em regime. A boa nutrição envolve conhecer comidas deliciosas que são ainda melhores para sua saúde. E é fácil dar um salto de qualidade na dieta substituído alimentos que já são saudáveis por outros que ofereçam ainda mais benefícios para sua saúde e performance na atividade física.
Confira 20 trocas que podem fazer sua alimentação diária impulsionar suas passadas.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

FOME- OBESIDADE- DESPERDÍCIO


Não alimente esse problema


Este ano, a campanha nacional do Sistema CFN/CRN precisa de todo o seu apoio e envolvimento para combatermos um problema social: a fome, a obesidade e o desperdício de alimentos. No mundo existe 1 bilhão de pessoas passando fome e mais de 300 milhões de obesos, sendo que 5,65% destes estão no Brasil.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, nas dez maiores capitais brasileiras, o cidadão consome 35 quilos de alimento ao ano, dois a menos do que o total que se jogo no lixo.
Esses fatos exigem do nutricionista um maior protagonismo no enfrentamento dessa realidade. A incorporação de práticas sustentáveis nos locais de trabalho, a orientação para a preferência dos gêneros alimentícios naturais ou minimamente processados, produzidos in loco regionalmente, bem como o fortalecimento de iniciativas que garantam o acesso à informação sobre a importância dos alimentos, da alimentação saudável e da Nutrição são algumas formas de participação.

Anvisa veta uso do nome 'ração humana' em rótulo

07/06/2011
Fonte: ANGELA PINHO DE BRASÍLIA
Na moda em dietas, as "rações humanas", compostas de cereais e fibras e encontradas em mercados em todo o país, estão na mira da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A agência vai divulgar nesta terça-feira um alerta de que a substituição de uma refeição por esse produto traz riscos à saúde, já que ele não tem todos os nutrientes necessários para a alimentação saudável.
A nota também deve dizer que os produtos não podem usar o nome de "ração humana" nem colocar no rótulo propriedades medicinais, como redução de colesterol.
Estão liberadas frases que informem que o composto faz bem para a saúde (por exemplo, que melhora o funcionamento do intestino).
Mas, para isso, os fabricantes terão que pedir o registro do alimento na Anvisa e apresentar estudos que demonstrem essas características.
A iniciativa surgiu após questionamentos de órgãos de vigilância estaduais sobre esses produtos, afirma Ana Cláudia Araujo, especialista em alimentos da Anvisa.
"O nome `ração humana' pode induzir o consumidor a engano e não diz claramente o que é aquele alimento."